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Mãe perde bebê no oitavo mês de gravidez e denuncia negligência médica no HDO

"Eu entrei com minha filha viva lá e sai com ela num caixão. E eu não pude fazer nada.

Laís Priscila Ribeiro Martins
Foto: Divulgação

Uma mãe de 25 anos perdeu a filha no oitavo mês de gestação e denunciou negligência médica no Hospital Dom Orione de Araguaína (HDO). O caso ocorreu no último dia 25 de março, após ao menos duas idas à unidade hospitalar.

Laís Priscila Ribeiro Martins usou as redes sociais para compartilhar a dor da perda e também denunciar violência obstétrica e negligência média.  Emocionada, ela fez o relato no perfil no dia 27 no Instagram e também contou a história em entrevista a um programa de TV, cobrando Justiça.

Relatou que estava grávida de oito meses e esperava o segundo filho, que na verdade era uma menina.  Relembrou que desde quando descobriu a gravidez começou a fazer o pré-natal, não faltou a nenhuma consulta e sempre tinha todos os cuidados. Frisou que no último dia 20 começou a sentir incômodos, teve um “corrimento amarronzado” e começou a sentir contrações.

Diante disso, foi por duas vezes no mesmo dia no HDO, mas foi liberada sob justificativa de que "era normal”.  Disse que fizeram o “toque”, mas não havia dilatação e simplesmente passaram remédio para dor. E no último dia 25, após sentir fortes dores, retornou ao Hospital e um exame de ultrasson constatou o óbito da bebê.

"Eu entrei com minha filha viva lá e sai com ela num caixão. E eu não pude fazer nada. (...) Um sentimento muito difícil".  Relatou, muito emocionada em entrevista ao programa Lucas Lima na TV.

 Lais relatou ainda que sofreu muito em razão da demora e a filha nasceu de parto normal, mas já sem vida. "Foi muito sofrimento mesmo. Você se prepara para receber um filho e não era daquela forma que eu queria receber minha filha.  (...) Eu não poder nem ir ao enterro, pois estava hospitalizada".  Lamentou a mãe, cobrando Justiça.

                                                                                          Nota do HDO

O Hospital Dom Orione reitera seu compromisso inabalável com a qualidade e segurança dos serviços prestados à população, e deseja expressar sua profunda consternação pela perda do bebê da paciente L.P.R.M. Neste momento, estamos conduzindo uma investigação minuciosa em colaboração com nosso corpo clínico, direção e o Núcleo de Segurança do Paciente, a fim de analisar cada detalhe do atendimento prestado.

É importante ressaltar que o Hospital Dom Orione adere rigorosamente aos protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, garantindo assim a excelência dos cuidados médicos e a segurança dos pacientes. Anualmente, realizamos mais de 6.000 partos e prestamos assistência a mais de 800 bebês na UTI Neonatal. Destes, mais de 90% são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), evidenciando o compromisso da instituição com a saúde pública e o bem-estar da comunidade.

Reafirmamos nosso comprometimento em esclarecer este caso de forma transparente e responsável.

Araguaína, 28 de março de 2024.